03 agosto 2007

Mulher-a-dias




Com a devida vénia atrevo-me, hoje, a transcrever partes de um artigo de opinião, colocado no jornal Público de 3 de Agosto de 2007, por Maria Luísa Guia Abreu, professora de Filosofia do Ensino Secundário, e que subscrevo inteiramente.

Escreve ela que:

"Nós, professores, somos uma espécie de mulher-a-dias, fazemos de tudo" - foi uma afirmação de uma professora que tive e explicou porquê - aos professores e professoras pede-se que façam de tudo um pouco, mesmo que não tenham a necessária especialização. Há que ensinar as matérias que aparecerem, ao gosto e vontade de quem manda e paga o serviço, ter competência para tarefas burocráticas, saber liderar grupos difíceis, tratar de assuntos delicados junto das famílias, e por aí adiante.

Depois:

Com o tempo fui percebendo que, além de professora tinha de ser assistente social, psicóloga, conselheira, terapeuta familiar, jurista, orientadora e líder de grupos de adultos, secretária, polícia, artista gráfica, especialista em quase tudo e, mais recentemente, técnica de informática e assistente de call-center. E em cada dia que passa alguém nos inventa novas funções.

E por fim:

Agora, que acabam de sair as listas dos "professores titulares", gostava de saber quem são os que têm perfil adequado para tudo, quais mulheres-a-dias 100 por cento eficientes, tipo fada do lar.
Mas pelo menos agora sei, ao fim de todo este tempo, que estes especialistas têm um nome: professores titulares.


Falou e disse!

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada, Pauleta, por, através do teu blog, ter conseguido perceber o que era, afinal, um professor titular. Esta definição convence-me...infelizmente! Goza bem o que resta das férias.Paula Costa